O que dizer dessas gotas que
escorrem dos olhos e regam a pele nos rostos, que assim como a terra do sertão anseia
por gotas de água, esperança para quem necessita de uma cor na vasta vegetação
do existir.
Ela (a lágrima) é o sinal de um
gozo quase que inatingível: meu time foi campeão; meu filho (a) nasceu; aquela
cura tão esperada aconteceu; o SIM tão esperado veio, chegou, aconteceu... Bom
como pode ser configuração de dor, saudade, tristeza, decepção. Podemos então
que é um taco da face doída do amor.
Lembro-me um dia ter ouvido um
dia de alguém que me contava uma história linda de AMOR, no que tange os vários elementos do verbo amar: CARINHO, CUMPLICIDADE, DIÁLOGO, CONFIDÊNCIAS,
enfim AMOR. (entendes não é?!), voltando à pessoa me disse diante de tantas
coisas uma frase que me chamou atenção e tornou aquela partilha inesquecível: “amar dá muito trabalho, amar dói.”
confesso fiquei sem palavras, apenas guardei, pensei... E agora estou
escrevendo.
Quando a lágrima escorre é como
se fosse um processo de purificação, sinceridade, força, autenticidade, momento
único em que SOMOS NÓS MESMOS,
desmascaramos nossas MÁSCARAS e
abandonamos nossos PAPÉIS, rompemos
com cenários, efeitos de som e luz, maquiagem, figurino...
Enfim, estando num dia num Show
de Música Católica e diante de um momento muito delicado de minha vida que me
pedia decisão, e isso gerou em mim um misto de dor, indecisão, ação, recuo, e
elas (as lágrimas) resolveram correr e ouvi de Celina Borges, meio que uma
profecia: “as lágrimas que estão correndo
dos seus olhos, serviram para regar a sua fé e confortar seu coração.”
Quando precisarmos chorar,
choremos, e quando desafinarmos no compasso da vida, não vamos culpar o
instrumento ou o regente, porém é nesse desafinar que se encontra a melodia
mais bela da vida: EU com lágrimas de
dor, sinceridade, amor, saudade, esperança...
Forte abraço:
Diego Monteiro