Diante dos acontecimentos que a vida prega e no “vai-e-vem” das marés de nosso mar existencial que nos coloca em contato com tantas pessoas, situações, circunstancias, promessas, decepções, alegria, reencontros, desencontros, enfim nesse misto de antítético da dinamica da vida pensei em algumas pessoas e lembrei-me imediatamente das fábulas, histórinhas, lendas, por aí vai...
Desde os 18 anos vivo de forma intinerante por este mundo de meu Deus, já morei em capitais, interior, visitei povoados, região metropolitana, mar, rio, sertão, cerrado, concreto, numa selva, não apenas “Selva de Pedra” mas uma "Selva de Convivencias", umas lindas, outras sofridas, eternas, efemeras, formativas, destrutivas, reais e ilusórias... como diz o mantra “Tudo é graça, Deus nos conduz!”
Comecei então pensando com meus botões, ouvindo algumas canções, de hoje, de ontem, pus-me a pensar que vi pessoas que pareciam personagens das histórias das fábulas.
Por exemplo A Raposa e as Uvas, na qual a pobre raposa muito faminta queria devorar aquele cacho mesmo estando fora do seu alcance queria muito prová-las, mas depois de tanto caminhar e desistir ela fugiu de sua humildade e não reconhecendo sua limitação, depositou a culpa no cacho afirmando que o mesmo não estava maduro. É já me deparei com situações assim, não pude fazer isso ou aquilo, é mas a estrada tava ruim, eu não tava afim mesmo, ou quando não temos atributos para desfrutar das coisas boas rotulamos, pomos defeitos enormes! Mesmo o cacho estando lindo e maduro a “esperta” raposa não preferiu acender vela pra sua vaidade do que rezar a novena do reconhecimento de sua debilidade! (Ah! colega se o Pânico ainda estivesse com a campanha das sandálias da humuildade..?!)
A Lebre e a Tartaruga, experiencia forte da soberba do ser humano, de que é forte, robusto, posso tudo, em minhas próprias forças nem que para isso humilhe os outros, o rebaixe, não perceba os seus talentos, não acolho os seus dons, duvido de suas capacidades, em vista disso fica-se tão apegado as “próprias qualidades” que se esquece que há ainda outras pessoas no mundo com tantos talentos, que podem não ser tão espetaculares quanto os meus, mas talvez sejam mais decididos, nobres, comunitários que o meu! A lebre confiou tanto em si que quando se deu conta a tartaruga estva cruzando a linha de chegada, é com aqueles passos lentos não tão rápidos quanto os da outra, mas com uma diferença firmes, decididos, com meta de onde se queria chegar. Voce conhece alguma lebre e uma tartaruga por aí? Eu já vi muitas!!!..
Menciono ainda as historinhas contadas por nossas vovós, mães,professoras na pré-escola que no fundo trazem sempre esses elementos educativos de pano de fundo, na verdade são exortações de que na minha minha gente nem sempre sabemos de tudo, o melhor na vida não é abafarmos nossos talentos, mas também não dizer que somos Super-heróis de determindas situações, o importante sim é ser um pouco “tartaruga” mesmo que os passos sejam paulatinos, não importa a velocidade mas sim a chegada, não sermos raposas afogados(as) em nossas vaidades e pondo defeitos naquilo que não conseguimos ou daquilo que/quem não nos aproximamos. Sejamos sim obedientes, prudentes, agradecidos, confiantes nos outros que amamos, pois somente assim poderemos trilhar na “fábula de nossa vida” um final feliz e repleto de realizações.
Demos um basta as maças brilhosas que nos dão um sono eterno, ou mesmo as imitações baratas de amizades que encontramos por aí!
Pessoas e Fábulas ou Fábulas e Pessoas? Aí quem vai decidir somos nós!
Forte abraço:
Diego Monteiro