"Esse sol tão lindo, gostoso de se ver, essa vida boa correndo pelas mãos"

"Olho para o céu, tantas estrelas na imensidão do universo em nós"

"Vesti o melhor sorriso..."

"Cogito, ergo sum"

Postado por Cicero Diego Monteiro Machado | sexta-feira, 30 de março de 2012 | 0 comentários



Começo este texto falando de uma situação tão corriqueira e bobinha que acontece no nosso dia a dia, aquela desagradável falta de luz. Desagradável? Indagou-me um pensamento Porque temos medo do escuro?Talvez seja porque (parece contraditório, mas penso assim) nele nos encontramos conosco mesmos.
Vejamos bem quando falta energia ficamos atônitos não simplesmente por não desfrutarmos das “maravilhas” que a luz nos proporciona, mas é porque temos que olhar para dentro de nós mesmos e esse processo de introspecção mexe muito com a gente.
Apagar as luzes quer dizer tchau, até mais, adeus...
Ao desligarmos o telefone estamos findando um diálogo, que pode ser tranqüilo, apaixonado (“desliga você, não desliga tu, vamos contar juntos e assim desligaremos”), desconfiança (porque será que desligou tão bruscamente, ou porque não atende ao telefone?), saudade (lembrei-me quando falo com mainha, ô saudade...)
Apagar a vela significa um tchau às vezes prolongado, um adeus a um passado, porém com a certeza de que sempre a luz poderá voltar a brilhar e aquela dor que confrangia vira alegria.
Apagaram-se as luzes... Da casa para um encontro conosco mesmos, para repousar, entrar no mundo do possível e do impossível, dos medos, monstros que assustam as crianças; do carro para afirmar uma parada seja para conversar, descansar o motor ou os corpos; dos olhos de quem se ama quando parte para a Casa do Pai ou quando a apagamos de nossas vidas...
Enfim tudo fica cinza, preto, sem graça, apagaram-se as luzes e com ela muita coisa se foi... Vai-se...
Chega-se...

Forte abraço:
Diego Monteiro

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