"Esse sol tão lindo, gostoso de se ver, essa vida boa correndo pelas mãos"

"Olho para o céu, tantas estrelas na imensidão do universo em nós"

"Vesti o melhor sorriso..."

"Cogito, ergo sum"

Postado por Cicero Diego Monteiro Machado | segunda-feira, 8 de agosto de 2011 | 0 comentários

Bem creio que este é um dos títulos mais inusitados de um texto para se postar num blog, mas em se tratando de minha pessoa e dessa fase de produção que estou passando que não sei até quando vai durar, estou aqui a explicar o título e compartilhar esse momento.
Quando pensamos num coletivo a priori vem à nossa mente algumas situações que estão ligadas: demora, aperto, desconforto, empurra-empurra, conversas em alto tom, pessoas fumaças de cigarro, lamentações (dinheiro tá pouco, tá muito calor, essa chuva que ninguém aguanta mais, esse motorista lento ou parace que tá levando bicho he he he entre outros...), mas também neste que é o símbolo do destino físico e geográfico dos seres é possível se encontrar arte? ARTE?!!
Não quero aqui dizer que no coletivo encontrei uma obra rara de Picasso, da Vinci, uma cifra da Sinfonia de Bethowen, uma estátua de aleijadinho, não, nesse sentido mais científico, apurado, conhecido mundialmente, mas refiro-me ao "molequinho" que entra no meio de tantos olhares distorcidos e educadamente dá aquele boa tarde e começa a vender as guloseimas contidas em seu suporte e até fazem rimas; aos poetas que fazem seus versos ou contam suas canções que nunca foram indicados ao Grammy Latino, mas tem um valor único para ele que compôs que viveu aquela situação.
"Pronto Diego, tudo agora pra tu é arte?!", logo antes dessas indagações fui atrás de um conceito: "Arte (Latim Ars, significando técnica e/ou habilidade) geralmente é entendida como a actividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores, dando um significado único e diferente para cada obra de arte", muito bem quando a menciono vejo essa concepção que encanta "feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores" isso é o que defino ARTE E LITERATURA DE UM COLETIVO.
Estando eu num desses transportes em pleno sol do meio-dia, com um pouco de fome, pensando se daria tempo de jogar meu babinha de vôley e rever meus amigos, claro na cabeça algumas lamentações e o mais crucial pensar que saindo daquele condução tinha outra me esperando, ufa! Mas algo nesse ônibus me chamou atenção e serviu até de relaxamento, um jovem de estilo rastafaria começou a puxar uns versos de forma discreta, depois pôs uns ritmos (coisa de baiano, ou seja, encanta pelo batouque) e aquilo começou a me intrigar no bom sentido, legal, prendeu minha atenção, concerteza ele percebou que "virei fã daquela situação" estaria assim entrando num dos conceitos de arte, não resisti e pedi pra ele repetir cantando, depois quando desci no transbordo mais " tietagem"  não resisti, fui anotando rapidamente e disse a ele vai virar um texto em meu blog !
Mas você que está lendo, deve-se perguntar sobre o protagonista desse texto, vos apresento agora:
"Lá em casa tem uma moça, Sou eu que tô criando,As contas dela, Sou que tô pagando.
 Ela arrumou um namorado e só vive me enrolando, Eu fui falar com ele e ele me disse:
 Tô na Bahia passeando, tô na Bahia passeando."
        (Verso extraído da Roda de Capoeira de Angola Mestre Claúdio- by Élder Santos)
Precisamos nem tanto ter tédio ao andarmos de coletivo, pois de repente podemos desfrutar de momentos assim simples mas que tem uma certa riqueza cultural, ou seja ARTE!

Forte Abraço:
Diego Monteiro








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