Fui levado a pensar nesses dias vendo a euforia de alguns colegas e minha também para a chegada das férias e alguns clichês são muito evidenciados nesta época de fim de semestre: "quero férias", "preciso de férias", "não vejo a hora de chegar em casa", "não aguento mais..." entre outras...
FÉRIAS em seu sentido denotativo quer dizer "Provém do latim 'feria, -ae', singular de 'feriae, -arum', que significava, entre os romanos, o dia em que não se trabalhava por prescrição religiosa.", querendo ou não é momento em que a rotina muda, ficamos mais sujeitos ao "nadismo", como canta Pato Fu nesta canção: "
"Que tal tirar umas férias/Foi só uma maneira de esfriar o cabeção/Mas minha cabeça tem duas partes/Parte A e parte B.", e essa canção me inspirou a escrever estas simples linhas...
"Que tal tirar umas férias/Foi só uma maneira de esfriar o cabeção/Mas minha cabeça tem duas partes/Parte A e parte B.", e essa canção me inspirou a escrever estas simples linhas...
E as atividades cotidianas nos trazem uma forma de cansaço, por mais prazeirosa que sejam as atividades a mente chega ao seu estágio de "pirar o cabeção". Nesta situação as saudações ficam agitadas, o bom dia sai tão rápido e quando sai (hehehe), os colegas quando perguntam sobre as provas da faculdade já respondemos com um "sei lá, não aguento mais ver prova, quero é passar", na vida de estudante o pesadelo das férias chama-se final.! (Das provas finais: Livrai-nos Senhor!).
Essa é a parte que precede a sensação daquele último momento das aulas, tão esperado quanto o último ponto do vôlei;o apito final de um juiz nos 45min do segundo tempo; e até mesmo a agonia de um pai esperando o nascimento de seu filho na maternidade, é o coração fica a 1000 por hora! Passou....
Depois tem aquela etapa de arrumar as malas, "o que vou levar?", penso que não precisa muita coisa geralmente estudante vai para a casa dos pais e lá concerteza estão esperando aquelas coisinhas que parecem que foram feitas apenas pra você: o doce na geladeira, aquele comidinha gostosa que só mamãe sabe fazer, seu quarto e sua cama que você durmiu nela anos e anos diferente das outras daquela que se dorme atualmente, amigos (as) e parentes que além de um abraço carinhoso e perguntas de como está na cidade em que mora ainda faz aquele comentário olhando-nos de ponta a cabeça "você engordou mais um pouco ou tá mais magro!" êta, claro tudo isso pouco importa, o importante já está lá EU, VOCÊ.
As primeiras semanas tudo é encantador, parece que somos ninados por Morpheu e perdemos noção de tempo, espaço e direção, isso seria o lado A, temos tempo pra tudo, afinal existe tempo nas férias?!!! é tudo meio que sem compromisso, sem muita formalidade, "Deixa a vida me levar, vida leva eu, sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu.!"
Mas nesse grande jardim que é a vida, nem tudo são flores e ao contrário do famoso Geraldo Vandré, agora não quero falar das flores, é o lado B, depois de 20 dias um tédio começa a tomar conta, o nadismo vai cansando e queremos o "tudismo" nos perguntamos pelos horários, pelo barulho do sinal, pelo trabalho a preparar, das reuniões de grupo... cadê a rotina? sumiu....
De fato o ser humano é uma contradição, nunca estamos satisfeitos plenamente com tudo, sempre falta algo, mesmo estando no momento esperado ainda sentimos que aquilo que um dia chamamos de cansativo nos faz falta. Somos essa dicotomia do "querer" e "não querer" "Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz" (Caetano Veloso)
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz" (Caetano Veloso)
Que nestas FÉRIAS possamos viver os lados A e B, pois só assim poderemos ser mais humanos e pacientes conosco mesmos e fortes na Jornada!
"Carpe Diem!"
Forte abraço:
Diego Monteiro