"Esse sol tão lindo, gostoso de se ver, essa vida boa correndo pelas mãos"

"Olho para o céu, tantas estrelas na imensidão do universo em nós"

"Vesti o melhor sorriso..."

"Cogito, ergo sum"

Postado por Cicero Diego Monteiro Machado | terça-feira, 7 de junho de 2011 | 0 comentários

Diante de uma realidade tão pluralista, onde as trocas de informações, os conceitos e idéias, sentimentos se desenvolvem de uma forma tão ACELERADA, começei a indagar-me: " As coisas sempre estão num processo de transformação, será que ainda podemos falar em essência das coisas? Será que a essência morreu?!!"
A Metafísica diz que: "a essência de uma coisa é constituída pelas propriedades imutáveis da mesma, adventos do conhecimento. O oposto da essência são os acidentes da coisa, isto é, aquelas propriedades mutáveis da coisa, possíveis apenas durante a fase dedutiva."
Será que ainda se pode falar em essência das coisas ou ela deu lugar aos acidentes, ou para ser mais moderno inovação.?
Esmiunçando esta  realidade onde  tudo passa de forma instantânea, por exemplo nos relacionamentos, até na família, pais não tem mais tempo de dialogar com seus filhos e vice-versa, daí logo pensamos e dizemos em alguns " a família é uma instituição falida", ou ainda ; o amor não é mais verdadeiro e duradouro, tudo é coisa de poesia, "melosidade" de canções, ideiais, meros ideais...; amizade verdadeira é equiparada ao prêmio de loteria federal, poucos a tem e encontram; fé em Deus isso é coisa do passado, as instituições, os pregadores, valores religiosos não se  coadunam mais nos dias de hoje, entre outros fatores.
Mas vejo que o título desse texto é válido quando tudo que parece esvair-se nessa atmosfera líquida da realidade (por favor ler Zigmunt Bauman... "Amor Líquido", "Medo Líquido") percebo que há ainda lugares que a INOVAÇÃO chegou, mas ainda há lugar para  a ESSÊNCIA e isso detecto em pequenos gestos.
Quando numa família há harmonia entre Pais e Filhos, um sendo amigo um do outro, daquelas que fazem a refeição juntos, rezam juntos, viajam juntos, assitem tv juntos...(No fim da tarde/Quando tudo se aquietava/A família se ajuntava/Lá no alpendre a conversar...O importante não faltava/Seu sorriso, seu olhar- tudo bem que o título da canção é Utopia de Pe. Zezinho, mas isso não descarta a possiblidade de ainda se ver esse comportamento, seja na zona rural ou na urbana).
Vejo que o amor existe quando há ainda casamentos, e no coração das pessoas brota o desejo de ficar com aquela pessoa pra vida inteira; ou andandos  nas praças de algumas cidades aqueles "velhinhos" andando de mãos juntas igual a 50 anos atrás, mesmo não tendo mais aquele vigor todo de beleza física mas o coração ainda pulsa forte de amor igual ao primeiro encontro.(Foi assim como ver o mar/A primeira vez que meus olhos..Se viram no seu olhar... Flávio Venturini) sem levar em conta "certas conveniências" ditadas pela onda do momento.
Ou ainda quando um restrito grupo de amigos  que tinha o costume de se encontrar todos os dias, de repente tomam rumos diferentes, as distância das rodovias aumentam a saudade, porém no dia do reencontro o júbilo é o mesmo daquele tempo cotidiano (Somos amigos/Amigos do peito.Amigos de uma vez... Balão Mágico), então diante de tudo isso a ESSÊNCIA morreu?!?
Sendo mais concreto ainda gostaria de citar uma banda que eu acho fantástica  "ROUPA NOVA" em que os seus músicos estão há 30 anos cantando e encantando gerações. Quer dizer perpassa gerações com as mesmas canções, com a mesma emoção e que de "Sapato Velho" não há nada, pois sempre há "pés" cheios de poesia, amizade e amor que ficam mais eloquentes através dessas canções.
Portanto aprendamos que mesmo com o passar dos tempos não percamos de vista a ESSÊNCIA das coisas, pois na vida INOVAR não quer dizer romper com tudo aquilo que achamos de mais puro e valoroso em nós e nos outros, mas sim não parar no tempo para aquilo que é bom e frutífero, mas cultivá-lo, valorizando a sua essência.



Forte abraço:
Diego Monteiro



















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